Adão da Burra
Quando José Damião Damasceno pegou emprestada uma pequena burrinha para brincar o Carnaval, não imaginou que faria tanto sucesso. Há dez anos, José virava o Adão da Burra, um folião assíduo às comemorações na avenida Boa Viagem e nas estreitas ladeiras de Olinda. Hoje, por onde passa, arrasta centenas de foliões. Depois de estudar dezoitos anos no Conservatório de Música, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), José Damião percebeu que o Carnaval representava muito mais do que quatro dias de folia. "A música sempre esteve presente na minha vida. Um sentimento muito forte de amor e paixão pela cultura pernambucana, principalmente o frevo", explica. Antes de desfilar montado na burrinha, Adão se divertia tocando o tradicional trombone. "Quando estava no meio da multidão, tocava apenas os primeiros acordes do Vassourinhas e todo mundo ia a loucura", conta Adão.
Depois de espalhar e fazer moda em Pernambucano, Adão da Burra começou a freqüentar outros lugares. Além de ser convidado para participar dos carnavais fora de época de Fortaleza, Natal, Maceió, Maranhão, São Paulo e Rio de Janeiro, a burrinha foi andar até em solo americano. Através de um concurso, Adão levou o seu estilo irreverente aos Estados Unidos, onde aconteceu a Copa do Mundo. "Fiz sucesso nos EUA. Este ano vou levar o frevo a Paris e participar novamente da Copa do Mundo", revela.
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