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sábado, 22 de janeiro de 2011

Siri na Lata: 35 anos de anarquia





Foto: Jarbas Jr./Arquivo
 
Foto: Bernardo Soares/JC Imagem
Falar mal do governo, beber, namorar e aproveitar a folia de momo. Essas eram as únicas regras do Bloco Anárquico Armorial Siri na Lata, que começou a sua história em 1976, no meio da ditadura brasileira. A agremiação foi fundada pelo comendador Adriano Freyre e um grande número de intelectuais contrários à ditadura.
No desfile inaugural, não havia nem orquestra, apenas um bumbo, um músico: Zé da Flauta, apitos e a batucada de latas de cerveja de cerca de 50 pessoas. E o estandarte era um pau de algodão doce. Nem os próprios integrantes desfilavam de fantasias. O bloco saiu pela primeira vez do Bar Atlântico, em Olinda, também conhecido como Maconhão. Carnaval também é cultura foi o tema do bloco anárquico que tem como características o exagero e a boataria. Em 1981, o Siri na Lata arrastou mais de 50 mil foliões pelas ladeiras da Cidade Alta, puxados por um enorme siri de 20 metros. 
Passados 35 anos, o Siri continua com o mesmo tom crítico e anárquico da década de 70, agora reunindo aproximadamente 8 mil foliões. A última edição do baile trouxe como tema O Brasil é um Circo, com o boneco de Dilma Roussef presa pelas mãos em um círculo com a palavra PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Ao fundo, o presidente Lula com trajes verde e amarelo. O baile ainda contou com a presença de Geisy Arruda, que desfilou alegremente distribuindo autógrafos.
Este ano, a anarquia está marcada para o dia 25 de fevereiro, no Clube Português, e terá apresentações do Maestro Spok, Almir Rouche, Eduardo Dusek, entre outros artistas. Os ingressos começarão a ser vendidos 15 dias antes do baile.

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