O Carnaval de Pernambuco é um dos mais ricos do Brasil. A cultura diversificada do estado é expressa em manifestações belas e coloridas. Em Olinda, ao som do tradicional frevo, o povo sobe e desce as suas ladeiras estreitas, seguindo os famosos "bonecos gigantes". Marca registrada da folia na cidade, eles têm, em média, 3,6 metros de altura e pesam até 50 quilos.
A seleta lista de pessoas transformadas em bonecos inclui gente importante para o Carnaval de Olinda e personalidades artísticas conhecidas em todo o Estado, como a cirandeira mais famosa de Pernambuco, Lia de Itamaracá. O Homem da Meia Noite, criado em 1932 é o mais antigo a circular nas ladeiras da Cidade Alta e foi carregado durante 57 anos pela mesma pessoa, o bonequeiro Cidinho, um senhor de idade que nunca se intimidou com o peso ou com o calor no interior da 'roupa' de gigante, onde a temperatura chega além dos 40º quando o boneco sai desfilando pelas ladeiras de Olinda. Os mais tradicionais são o Homem da Meia-Noite (criado em 1932), a Mulher do Meio-Dia (1967), o Filho do Homem da Meia-Noite (1980), o Menino e a Menina da Tarde (1974 e 1977).
Um dos maiores espetáculos do carnaval de Olinda é o Encontro dos Bonecos Gigantes, que acontece sempre no último dia de folia. Orquestras de Frevo se encarregam de animar o desfile dos bonecos gigantes que cumprem todo o percurso, subindo e descendo as ladeiras com suas caras alegres, risos largos e enormes braços balançando ao som do frevo, passando por ruas quase sempre superlotadas. Esta reunião tem por objetivo mostrar toda a beleza dos bonecos, pois eles saem de vários pontos e percorrem roteiros diferentes, e só neste dia as pessoas têm chance de vê-los e admirá-los.
O artista plástico Silvio Botelho é o grande responsável pela grande família de bonecos gigantes que embeleza Olinda a cada carnaval. O trabalho não é nada fácil e consome muito isopor, papel, madeira e fibra de vidro, para confecção da cabeça, mãos e corpo do boneco, que deve ter um suporte para se acoplar ao carregador. Além, é claro, de metros e metros de tecido paracosturar as roupas dos personagens em tamanhos pouco ortodoxos. O artista tem o seu ateliê situado estrategicamente na ladeira do Amparo, um dos endereços mais tradicionais da Cidade Alta. O artista plástico faz os bonecos por encomenda, normalmente a pedido de agremiações ou empresas particulares. Cada um deles custa atualmente em torno de R$ 2,8 mil, e leva pelo menos uma semana para ficar pronto.
Natural de Olinda, Sílvio Botelho começou a trabalhar no Carnaval aos nove anos, confeccionando máscaras. Mas, sua maior vontade era produzir grandes bonecos. A oportunidade surgiu em 1974, quando o carnavalesco Ernandes Lopes sugeriu que Botelho confeccionasse o terceiro boneco da cidade que deveria se chamar Menino da Tarde e medir 2,90 metros. O novo integrante representaria o filho do Homem da Meia Noite com A Mulher do Dia. Ao ver o resultado, o renomado artesão Roque Fogueteiro ficou impressionado com a beleza da obra e aconselhou Botelho a prosseguir no caminho da arte. A partir daí, o “pai dos bonecos” não parou de produzir seus gigantes. É o criador de quase 90% dos bonecos gigantes que animam o Carnaval de Olinda. Botelho abre ao público, de segunda a sexta, as portas do seu ateliê localizado na rua do Amparo. Anualmente, o local chega a receber mais de cinco mil visitantes.
Contato Silvio Botelho:
Telefones: 0055 - 81 - 3439.2443, 0055 - 81 - 9966.3344
E-mail: silviobotelho@uol.com.br
Telefones: 0055 - 81 - 3439.2443, 0055 - 81 - 9966.3344
E-mail: silviobotelho@uol.com.br
Bonecões de Olinda,
Pernambuco, Brasil.
Pernambuco, Brasil.
O registro histórico mostra o aparecimento do “Homem da meia-noite em 1919 no carnaval pernambucano. Em 1932 surge em Olinda o “Homem da meia-noite e em 1937 aparece a “Mulher do meio-dia”. Em 1974 nasce o menino da tarde, foi aí que Sílvio Botelho, então com 16 anos passou a popularizar os bonecões em todo estado de Pernambuco. Os personagens que farão presença no festival são “Homem da meia-noite, o Menino da tarde, Catarina, Maria Batalhão, Halmelhada e o Turista.
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